Search this site
Embedded Files

[voltar]

Entrevista com João Doria

Por Thiago Cipriano em 19/04/2018

RÁDIO BANDNEWS FM 96,9/SÃO PAULO
19/04/2018 09:27:00

Dando sequência à série de entrevistas com os pré-candidatos ao Governo de São Paulo, a Rádio BandNews FM entrevistou na manhã desta quinta-feira (19) o ex-prefeito e pré-candidato do PSDB, João Doria. Entre os assuntos abordados, os índices de rejeição de Doria apontados na pesquisa Datafolha e sua saída da Prefeitura de São Paulo.

A jornalista Sheila Magalhães começa perguntando a João Doria sobre qual será a estratégia para a reversão da rejeição identificada pelo Datafolha na capital paulista. O ex-prefeito classifica como “natural” o índice, uma vez que precisou renunciar para disputar a eleição ao governo. Doria destaca o número total de intenção de voto, em que ele aparece em primeiro lugar, bem à frente dos demais pré-candidatos e acredita que a rejeição diminuirá na medida em que o atual prefeito Bruno Covas for conhecido pela população paulistana. Ele ressalta as qualidades do prefeito à frente de cargos públicos nos últimos anos e diz que a prefeitura está sendo conduzida “com firmeza” e “equilíbrio”.

Sobre a pesquisa da rede Nossa São Paulo, mostrando que a prefeitura tirou do papel, em 2017, 20% das metas estabelecidas e somente 4 foram concluídas. Doria discorda da métrica da entidade, avisa que seus donos são “petistas notórios” e que não houve um trabalho completo, sobretudo nas áreas da educação e saúde. Doria acrescenta que o plano de metas, feito para uma gestão de 4 anos, não pode ser avaliada conclusivamente em apenas 15 meses. O ex-prefeito diz confiar em Bruno Covas na conclusão das metas até o final da gestão, apesar das “interposições inesperadas” do Tribunal de Contas do Município, Promotoria Pública e Tribunal de Justiça, que acaba retardando os processos.

Falando sobre a experiência à frente da prefeitura, erros e acertos e o que poderia ser replicado em uma eventual gestão no Governo do Estado, João Doria destaca as obtidas na área social, como saúde, educação, habitação popular e segurança pública. Ele lista feitos realizados com êxito durante sua passagem. Doria também acredita em um plano de desestatização para o desenvolvimento econômico no âmbito estadual, além de concessões e parcerias público-privadas (PPP).

Sobre os eventuais erros de sua administração municipal, João Doria reconhece a falta de diálogo em algumas ações realizadas, como por exemplo, na questão dos grafites da cidade. “Se tivéssemos conversado com eles [os grafiteiros], não teríamos tido qualquer tipo de situação negativa. Fizemos isso [somente] depois”, declara, citando o projeto “MAR”, Museu de Arte de Rua, que exibe grafites em 15 pontos da cidade.

O jornalista Eduardo Barão questiona Doria em relação às críticas recebidas por viagens realizadas no primeiro ano de mandato. O ex-prefeito defende que muito dos investimentos obtidos para a cidade foram fruto dessas viagens, mas que mesmo assim, diminuiu o ritmo das escalas nacionais.

Perguntado pelo colunista da BandNews FM, Eduardo Oinegue, sobre a quebra na promessa de ficar à frente da administração municipal pelos quatro anos de mandato e sobre suas pretensões políticas, descartando ou não uma candidatura à Presidência da República, Doria responde que dará apoio integral à candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin. Ele diz que é preciso ter consciência e bom senso e que o foco é vencer a eleição para o governo de São Paulo.

Reinaldo Azevedo questiona Doria se ele assinaria um documento prometendo ficar os 4 anos de mandato, caso for eleito governador. O jornalista diz que até disponibiliza o documento para pronta assinatura em caso de resposta positiva. Doria diz que cumprirá o período de mandato se sair vencedor. Ele ressalta que a sua candidatura foi um “apelo explícito” para a continuidade do projeto de Geraldo Alckmin e do PSDB à frente do governo estadual. Ao final da resposta, ele aceita assinar o documento confirmando suas pretensões.

Doria defende o maior uso da inteligência na segurança pública. “Quanto mais recursos tecnológicos forem investidos para inteligência, menos exposição haverá para as cidades e para as comunidades”, afirma. Ele comenta sobre o uso de drones pela GCM – ressaltando que foram doados pelos chineses após uma de suas viagens – no projeto “Dronepol” e sobre o programa de vigilância iniciada na Capital, com o compromisso da implantação de 10 mil câmeras de monitoramento. Atualmente são 2 mil instaladas e integradas com o Centro de Operações de Polícia Militar, o COPOM. O tucano diz que apostará no aumento do efetivo das Polícias Civil e Militar e no maior treinamento das corporações para o combate ao crime no estado. Para ele, apesar dos indicadores mostrarem a baixa nos números da violência, a percepção da população ainda é diferente.

Ele é questionado pela jornalista Sheila Magalhães sobre os projetos em relação à limpeza dos rios Pinheiros e Tietê. Citando uma possível parceria com o setor privado, Doria afirma que é compromisso de campanha o projeto de despoluição total dos rios, mas que reconhece que não haverá tempo hábil em quatro anos para a solução completa do problema. No entendimento dele, tem de haver também parcerias e diálogos com as prefeituras, tanto no programa de canalização e tratamento de esgotos, quanto na distribuição de água por parte da Sabesp.

© Thiago Cipriano - Material produzido entre 2016 e 2024 nas respectivas empresas citadas e creditadas.
Google Sites
Report abuse
Google Sites
Report abuse